Trafico de seres humanos, “epidemia silenciosa”
– No dia 8 de novembro de 2012, foi aberta em Roma a mostra fotográfica “Rompamos as correntes, mostra anti-escravidão”.
Irmã Maggi Kennedy, das Irmãs Missionárias de Notre-Dame da África, apresentou dados alarmantes em sua palestra intitulada “Tráfico de seres humanos: uma epidemia silenciosa do século XXI”.
Irmã Maggi frisou: “Somente na década de 80 do último século, foram reduzidas ao estado de escravidão por traficantes asiáticos mais mulheres e crianças que todos os escravos africanos nos 400
anos de história do tráfico negreiro!”
A exposição recorda a campanha anti-escravidão lançada em 1888 pelo Cardeal Charles Martial Allemand Lavigerie, fundador dos Missionários da África (Padres Brancos e Irmãs Brancas). “Quênia, aonde trabalho, é uma fonte, um lugar de trânsito e de destino do tráfico de seres humanos”, denunciou a religiosa.
“A situação é terrível. É uma epidemia silenciosa e em crescimento, sobretudo em Nairóbi e Mombasa, verdadeiros pontos quentes, por causa do turismo”. Além da exploração sexual, os seres humanos são traficados e vendidos com objetivos ainda mais sinistros. “Na África, a retirada de partes do corpo é
uma prática comum, sobretudo para realizar atos de bruxaria”, afirmou Irmã Maggi.
Ela recordou o compromisso da Igreja no passado e no presente e, em especial, os institutos missionários, para combater este crime, e propôs algumas medidas concretas a este respeito.
Dentre estas, a criação de estruturas de coordenação diocesana nas áreas da África e do mundo nas quais as pessoas vulneráveis são alvos mais fáceis para os traficantes, e a criação de redes de informação que unam as diversas Dioceses para sensibilizar sobre este grave problema.
Fonte: Pe Geraldo Rodrigues, CssR